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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Está aberta a temporada de abandono e fugas de cães e gatos em todo opaís

PROJETO VERÃO PET


O título desta postagem pode chocar e até soar alarmante para alguns. Lamentavelmente, a verdade é que a chegada das férias da família brasileira no verão traz uma incrível e triste coincidência: o crescente número de animais abandonados nas ruas. Chamamos de "coincidência", mas talvez não seja tanto assim. Não existem estatísticas oficiais do número de abandono de cachorros e gatos nessa época, mas o Facebook vira mural de cães perdidos e encontrados. Nós aqui no Bichos de Companhia coletamos, sem dificuldade, todos esses posts que ilustram esta matéria em um curto espaço de tempo: do feriado de Natal até hoje, dia 28 de dezembro de 2015.



Enquanto a família brasileira faz as malas, pega as crianças e vai para a praia, emenda Natal e Réveillon para pular as sete ondinhas e fazer pedidos para o novo ano, a triste coincidência ronda as cidades de origem dos viajantes de verão: cães amanhecem nas ruas  da noite para o dia (gatos também, mas pelo comportamento e hábito diferenciado dos felinos, eles são menos visíveis nas ruas). Estão famintos, com sede, desolados, perdidos. As desculpas são muitas e as mesmas: o portão estava aberto e ele fugiu é campeã. Claro, que existem as exceções e casos reais, mas aqueles que, coincidentemente, no dia seguinte à fuga pelo portão, a família está toda na estrada a caminho do mar são maioria. O cão desse post aí acima nem deve ter gerado tais desculpas: quem fotografou viu, à luz do dia, um carro partir em alta velocidade na região do bairro Jardim Pirineus, Zona Leste de Belo Horizonte, depois de jogá-lo para fora e deixá-lo para trás. 

Já no caso desse chow-chhow acima, a dona foi taxativa e disse que ele não cabia na mudança e, sem remorso, entregará o cão saudável à eutanásia caso não encontre ninguém para adotá-lo. Aliás, não caber na mudança é outra das desculpas esfarrapadas e estapafúrdias encontradas pelos donos que desistem de seus animais no meio do caminho. Também por não caber na mudança da família, a poodle Belinha, depois de nove anos de convivência, está sendo deixada para trás. "Não queria a cachorra porque não gosto de cachorro dentro de casa e não terei tempo de ensiná-la no novo apartamento", justifica a dona da Belinha, sem um pingo de arrependimento ou de amor à cadela que chegou ainda filhote e satisfez um desejo de consumo da família no passado. (Conheça a Belinha no vídeo no final desta matéria). 

Os gatinhos também estão nas estatísticas do abandono. Este aí foi deixado para morrer por alguém que ao invés de levá-lo ao médico, optou por deixá-lo sofrer e morrer aos poucos nas ruas. De Bauru-SP veio o caso abaixo. Um cão na capa que, neste caso, talvez nunca tenha tido a sorte (ou o contrário) de ter uma família humana. Nasceu nas ruas ou é fruto de uma ninhada recolhida da mãe, ainda em fase de amamentação, e jogado na rua em sacolas plásticas. E pensar que a cada cio da mãe, a cena se repete. E o ser humano sequer cogita castrar a cadelinha em mutirões de ongs ou nos Centros de Controle de Zoonoses das cidades. Pelo contrário, têm uma resistência ignorante e preconceituosa a uma cirurgia que só traz benefícios aos animais: mais saúde e menos maus-tratos e abandonos. 


O caso do pit bull aí abaixo é ainda mais tosco. O dono "bonzinho" amarra o cão na árvore para que ele não seja atropelado, deixa um saco de ração de lado e pede para um mendigo que nem casa tem para cuidar do animal. 

Este outro poddlezinho aí já foi rei, já foi raça da moda, símbolo de status, do consumismo e da inveja humana que quer o que o outro tem, sem considerar todos os aspetos envolvidos, incluindo o fato de é preciso ter talento, amor, dinheiro e competência para se cuidar de um animalzinho. Agora, foi resgatado por uma ong, no bairro São Geraldo, também Zona Leste da capital mineira. Estava machucado, judiado, desolado, perdido e sem entender o que poderia ter acontecido para se perder de sua antiga família. 


A linda cadelinha abaixo parece ter sido um caso real de fuga dada à preocupação de seu tutor. O motivo da fuga? Muito real! O ensurdecedor barulho dos fogos de artifício e o pavor que provoca nos animais que, desesperados para escapar, fogem sem rumo, se enroscam e até se enforcam em coleiras e nas terríveis e opressoras correntes, se jogam de alturas inimagináveis. Fica a dica: mantenha seu pet em segurança durante as comemorações com fogos de artificio. Abaixo, destacamos algumas orientações bem interessantes que vão ajudar bastante a proteger seus peludos de companhia.
Billy também fugiu e se perdeu na região dos bairros Horto e Sagrada Família, também região Leste de BH. E o lindo Tobias, abaixo, foi encontrado nas vésperas do Natal. Estava bem desnorteado quando foi encontrado - talvez, por coincidência tão conveniente às desculpas da família brasileira para abandonar um animal nas ruas, tenha se perdido do Papai Noel....

Fato é que todos esses casos poderiam ser evitados e nenhuma desculpa esfarrapada precisaria ser dita para justificar um ato de pura crueldade, se a aquisição de um animal de estimação fosse precedida de planejamento. Um planejamento que projeta, em torno de 15 anos, em média, para frente, tempo de vida de um cão ou de um gato ao nosso lado. É um tempo muito curto, com dificuldades, mas muitas alegrias pela companhia deliciosa de um pet a tornar nossos dias mais divertidos e felizes. Um tempo que essas famílias que abandonam para irem pra praia jamais irão vivenciar e um tempo que muitos cães e gatos que foram jogados nas ruas não terão para viver. 
O planejamento é crucial porque cerca todas essas desculpas inventadas e repetidas e, principalmente, porque, inevitavelmente, vai esbarrar em outro grande recurso contra as crias indesejáveis que serão abandonadas mais cedo ou mais tarde: a castração cirúrgica. Uma cirurgia cada vez mais simples e de rápida recuperação e altamente benéfica também à saúde de nossos pets por evitar inúmeras doenças, como câncer de mama e próstata. 



Neste vídeo, Belinha expõe toda a sua fofurice para conquistar 
uma nova chance. Contatos aqui com a gente, no Bichos de Companhia.

Na próxima matéria, vamos conhecer o outro lado da moeda. O bom. Há bons tutores que se preocupam com seus cães e gatos, contratam serviços de cuidadores, hoteizinhos ou contam com a ajuda de parentes. 

Um comentário:

  1. O Bichos de Companhia informa, assim como já fizemos em nossa página no Facebook, que a poodle Belinha continua junto à sua família humana que, felizmente, voltou atrás da decisão de doá-la

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