Financiamento coletivo para ajudar os animais

Site de financiamento coletivo se propõe a ajudar os animais

 “Pirata me apareceu bruscamente, cruzando a estrada bem na frente do carro. Desviei, mas sua aparência me chamou a atenção. Parei, e pelo retrovisor observei aquele bichinho, que mal parecia um cachorro. Muito sujo, com o pelo enorme e desgrenhado, andar incerto, ele também parou. E foi aí que notei o seu olhar. De tristeza e desolação, parecia pedir socorro”.

Esse relato é bem conhecido por quem se sensibiliza pela dor do abandono de um cão ou de um gato, e não consegue passar incólume, sem nada fazer. E foi assim que a designer Mariana Vianna, que também trabalha com a fabricação de biscoitos personalizados apresentou o caso do cão que encontrou jogado numa estrada de Nova Lima-MG, em estado lastimável, ao site Bicharia, na busca por ajuda para conseguir tratar o cão que já perdeu um olho, mas tem na expressão a nítida vontade de viver.

Conheça a história do Pirata, se emocione e ajude

O site Bicharia é a primeira plataforma brasileira de crowdfunding voltada a auxiliar animais carentes. Crowdfunding é financiamento coletivo. Guarda semelhança com aquelas vaquinhas online para angariar recursos para ajudar animais resgatados por Ongs e protetores independentes.

Os criadores do Bicharia são quatro amigos de Porto Alegre, claro, apaixonados por animais e que querem exatamente tornar possível a viabilização de projetos de Ongs e pessoas que desejam ajudar animais em situação de abandono e maus-tratos. Eles apostam na criatividade e na sustentabilidade de projetos que visem o médio e o longo prazo, não somente o resultado imediato. O site tem entre seus objetivos conscientizar e informar sobre cuidados necessários no dia a dia de quem tem um animal de companhia na família.

Desde que entrou no ar em maio de 2012, o Bicharia já ajudou vários projetos. De acordo com Flávio  Steffens, um dos criadores do Bicharia, um dos grandes feitos foi a arrecadação fantástica do projeto “Um céu para os cavalos do asfalto”, de Porto Alegre, que atingiu a soma de R$ 28.540,00, em 2013.

Funcionamento - O funcionamento do site é muito simples. Na página principal apresenta uma lista de projetos que estão abertos para a arrecadação de fundos, que podem ser de qualquer valor. “Os projetos têm um período de 25 dias para atingir ao menos a metade da meta estipulada. E daí cabe ao responsável pelo projeto arregaçar as mangas e engajar as pessoas a colaborarem. Notei que a maioria das pessoas desejava ter acesso ao dinheiro o mais rápido possível, devido à natureza dos projetos (cirurgia, medicamentos, etc)”, explica Flávio.

Segundo ele, as cotas de doação, hoje, são de R$10, R$25, R$ 50, R$100, R$250 e R$500. Elas são fixas, para permitir que os responsáveis pelos projetos possam se organizar da melhor forma para oferecer recompensas legais para quem colaborar com valores mais altos. É aí que está a grande diferença em relação às vaquinhas online. Quem colabora, tem uma recompensa, que pode ser um brinde, uma cartinha, um e-mail de agradecimento, um desconto em alguma loja, ou qualquer outra coisa criativa que possa aparecer. “Você então escolhe a cota que mais interessa. E assim todos ficam felizes. Mas, ainda noto que os organizadores não enxergam essas recompensas com o devido valor que deveriam. Mas acho que com o tempo isso tende a mudar”, diz o criador do Bicharia. As doações, garante Flávio, são rápidas, transparentes e seguras, intermediadas pelo MOIP, podendo ser feitas por cartão de crédito, débito em conta ou boleto bancário.

O Bicharia está aberto a receber projetos de todo o Brasil. Quem quiser cadastrar um projeto deve entrar em contato pelo site ("Envie seu projeto") ou por e-mail. O critério para escolher os projetos que farão parte do Bicharia é a criatividade e o grau de viabilidade de realização. Flávio Steffens revela que ultimamente estão conseguindo atingir cada vez mais estados fora da região Sul, onde nasceu a plataforma de crowdfunding, e, principalmente, têm tido adesões crescentes dos estados do Norte e Nordeste do país.

De Minas Gerais, Pirata, de BH, e Associação Mão e Patas, de Alterosa, contam com a ajuda de mineiros e brasileiros para conseguirem superar o abandono e a crueldade

Pirata perdeu um olho, mas ganhou a chance de viver
e conta com a sua ajuda para ter um pouco de dignidade

Atualmente, estão à disposição para doações no Bicharia, dois projetos de Minas Gerais. O do Pirata, de Belo Horizonte, que abrimos este post, e da Associação Mão e Patas, da cidade de Alterosa. O blog Bichos de Companhia convoca mineiros e brasileiros a escolher um projeto e ajudar. Contamos com nossos leitores e seguidores.

Um dos 100 animais acolhidos pela Associação Mão
 e Patas, de Alterosa,
clama por ajuda para alavancar a
 produção de produtos para manter
os trabalhos da instituição

 Para acessar conhecer as histórias de Pirata, do abrigo Mão e Patas e outros Brasil afora, acesse o site Bicharia. Clique aqui. 

Para enviar projetos criativos de ajuda aos animais, você pode acessar o site ou enviar e-mail para: bicharia@bicharia.com.br

Conheça também o trabalho da Mariana Vianna que faz biscoitos fofos e está oferecendo de brinde para quem ajudar o Pirata. Clique aqui para conhecer os biscoitos da Mari. 

Música tema do site Bicharia: homenagem

a uma letra mais que atual