Tem um e-book grátis que vai falar tudinho pra você sobre os nossos cães vira-latinhas. Link neste blog.

Escolha seu idioma - Select your language - Elija su lengua

Escolha seu idioma - Select your language - Elija su lengua

domingo, 3 de abril de 2011

Construtoras de luxo apostam em cachorródromos para satisfazer clientes


Rogério brinca com o cachorro Bono em espaço destinado para cães em prédio onde mora. Foto: Letícia Moreira/Folhapress

O fato de morar em apartamento já há algum tempo não é mais desculpa para deixar de ter a companhia de um cachorro ou outros animais de estimação. Nenhuma convenção de condomínio pode se sobrepor à Constituição Federal. Portanto, um bom advogado garante a permanência do pet ao lado da família no apartamento, se for preciso apelar para a justiça para derrubar a proibição imposta pelo manual de convivência dos moradores sob a regência do síndico.

Ressalte-se, porém, que a convenção de condomínio pode impor limites, determinar regras tudo de acordo com o previsto na própria Constituição. Ou seja, a Lei Maior prevê, por exemplo, o convívio entre os vizinhos e para isso propõe alguns limites que podem (e devem) ser adaptados às normas de convivência no condomínio. Assim, pode a convenção estabelecer limites de horários para os latidos e barulhos emitidos pelos cães, tanto quanto para crianças, bem como limitar os acessos dos animais a algumas áreas ou elevadores. Tudo como manda o bom senso em nome de uma convivência harmoniosa.

Na última semana de março, uma matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo destacou a decisão de uma grande construtora de prédios de luxo na capital paulista e com empreendimentos imobiliários de alto padrão em outros estados brasileiros, de substituir o tradicional playground destinado às crianças pela construção de um cachorródromo para atender e satisfazer a demanda dos futuros moradores do edifício.
Veja a íntegra da matéria:


Cachorródromos são áreas de lazer para cães. Em muitos condomínios já estão substituindo os playgrounds infantis. Foto: www.afolhadobosque.com.br

"Prédio exclui parque infantil para criar área para cães

Na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo), um prédio em construção na rua Fradique Coutinho tem piscina, academia, salão de festas, sauna, sala de jogos e uma área para cães. E nada de playground infantil.

Não tem nada para as crianças, nem parquinho? “Infelizmente, não”, diz o corretor Alex Xavier da Silva.

A explicação: no centro da vida boêmia do bairro, o perfil dos moradores do apartamento de 100 m2 –vendido a R$ 1 milhão– é de solteiros ou de recém-casados sem filhos, mas com cachorros.

Dos últimos 20 prédios construídos pela Gafisa em São Paulo, 11 têm cachorródromos. As benfeitorias vão de pet shops equipados para banho e tosa a áreas para adestramento com equipamentos para exercícios, como pneus para saltos, obstáculos para corridas e túneis.

“Essas áreas surgiram de pedidos dos compradores e da necessidade de criar ambientes. A parte de animais deu muito certo. É muito utilizada pelos tutores”, diz Melina Fanny Iossephides, gerente de produtos da Gafisa.
Em alguns bairros, a motivação foi a segurança. Cercado de favelas, um prédio no Morumbi (zona oeste) com 260 apartamentos e 120 cachorros construiu um playground canino porque os tutores sentiam-se temerosos de andar com animais à noite pela redondeza.


Espaço próprio para cães é a nova aposta das construtoras de luxo. Foto www.afolhadobosque.com.br

Num prédio do Real Parque (zona oeste), onde mora o bernese Bono, de 50 kg e 1.80 m quando está de pé, os moradores (60 apartamentos e 25 cães) se reuniram para criar um cachorródromo de 50 metros de dimensão.

Vão pagar R$ 50 mil pela obra e contrataram um recreador –R$ 40 por dia, por cachorro– para trabalhar das 8h às 16h na distração e adestramento dos animais.

“É como se fosse uma creche para os cachorros. Nosso prédio já tem mais cães que crianças”, afirma o publicitário Rogério Bonfim.

A preocupação com o bem-estar dos animais, explicam especialistas em comportamento animal, decorre da maior presença dos cachorros na vida das pessoas.

Antes usados como cães de guarda em casas, os cachorros vivem agora em apartamentos e são tratados como membros da família. E isso fez com que as construtoras criassem novos espaços para essa nova realidade.

“O playground canino nos prédios melhora a qualidade de vida dos cachorros, mas é importante que os machos sejam castrados e que as fêmeas não estejam no cio para não dar confusão”, diz Raquel Hama, especialista em comportamento animal da creche canina Dogplace".

Fonte: Folha de São Paulo, março 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Bichos de Companhia agradece o seu contato. Em breve, enviaremos sua resposta.